O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) faz uma operação, na manhã desta segunda-feira (17), na Câmara Municipal de Santa Luzia, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Batizada de "Caça Fantasmas", ela também conta com policiais militares e apura denúncia sobre supostos funcionários fantasmas na Casa.
Segundo o MPMG, objetivo é apreender documentos na Câmara Municipal relacionados à contratação de servidores que nunca teriam, efetivamente, prestado serviços ao Poder Legislativo, apesar de receberem legalmente para tanto.
Os mandados foram expedidos pela 2ª Vara Criminal da Comarca de Santa Luzia. A quebra do sigilo bancário de alguns investigados também foi autorizada. O Ministério Público informou que cerca de 50 servidores e estagiários eram remunerados para prestação de serviços particulares aos vereadores, inclusive em campanhas eleitorais. Entretanto, segundo as investigações, esses servidores e estagiários nunca estiveram na Casa.
Ainda de acordo com o MPMG, um dos investigados ocupava cargo de confiança na Câmara. Apesar de formalmente assinar folha de ponto e receber salário de assessor de gabinete, havia deixado o país em 2016 e morava na Inglaterra, conforme a investigação.
"A constatação da fraude foi possível em razão de denúncias, da oitiva de testemunhas e do intercâmbio de informações entre o MPMG e a Polícia Federal, que forneceu dados do Sistema de Tráfego Internacional de Pessoas e viabilizou a confirmação do crime", informou o MPMG. As investigações correm em sigilo começaram em janeiro de 2017.
Os possíveis crimes investigados são de associação criminosa, falsidade ideológica, peculato e lavagem de dinheiro.
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